Daniel Lima e Lourenço Canuto
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A indústriabrasileira registrou menor ritmo de crescimento em maio, em relaçãoa abril. A conclusão pode ser verificada no boletimIndicadores Industriais, divulgado hoje (3) pela ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI) .A desaceleraçãose deu nas variáveis de produção, horastrabalhadas, faturamento real, oferta de empregos e massa real desalários.A publicaçãodestaca que "o menor dinamismo na geração doemprego e a aceleração inflacionária levam aoarrefecimento do ritmo de expansão da massa de salários'",que em maio avançou 4% frente a maio de 2007. Nos trêsprimeiros meses do ano, a massa salarial tinha alcançado médiamensal de crescimento de 6,5% frente ao respectivo mês do anoanterior.A indústria de transformação,com destaque para a automobilística, cresceu 0,9% em maio,comparado a abril. Embora a entidadeconsidere a elevação pouco expressiva, lembra que maioteve um dia útil a menos que abril (maio teve dois feriados eabril um). Além disso, a taxa de câmbio média noquinto mês do ano foi de R$ 1,66, a menor dos últimos 8anos. Isoladamente, a áreade veículos automotores registrou, no acumulado do ano,elevação de vendas de 23,8%, e o de máquinas eequipamentos 18,4%. Em maio, houve ligeiro aumento do uso dacapacidade instalada da indústria (UCI), da ordem de 83,2%contra 83,1% registrados maio do ano passado. A variaçãofoi de apenas 0,1 ponto percentual. A CNI interpreta que essaestabilidade revela maturação dos investimentos nosetor, além da expansão do consumo, com a elevaçãodas taxas de inflação. Segundo a CNI, a reduçãode horas trabalhadas na indústria começou a serregistrada no mês de março. A variável recuou0,1% em maio em relação a abril. O faturamento realdessazonalizado expandiu-se 1,1% em relação a abril,depois de quedas nos dois meses anteriores. Mas a entidadedestaca que, mesmo assim, a expansão do faturamento industrialem maio não foi suficiente "para recompor o nívelde faturamento registrado em fevereiro". O nível decrescimento de emprego aumentou 0,2% em relação aabril, taxa considerada inexpressiva, de acordo com a entidade.