Da Agência Brasil
Brasília - O setorarrozeiro pediu hoje (3) a suspensão, por pelo menos 30 dias,dos leilões do governo federal. Durante reunião naSuperintendência da Companhia Nacional de Abastecimento(Conab), em Porto Alegre, os produtores de arroz argumentaram que ogoverno ofertou uma grande quantidade do cereal em maio, o que aindanão foi totalmente absorvido pelo mercado.
Durantea reunião, os produtores gaúchos receberam a garantiade que o próximo leilão ocorrerá somente no dia 29, quando 50 mil toneladas armazenadas no estado e 10mil em Santa Catarina serão colocadas à venda. O setorarrozeiro achou positiva a medida, já que este mêsé considerado de baixo consumo devido às fériasescolares.Segundo odiretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), RubensSilveira, o governo tem procurado monitorizar o mercado com a venda de seus estoques em leilões para evitar que o preçose avilte demais ao consumidor. “No mês de meio foram leiloadas270 mil toneladas. Isso fez com que os preços baixassem R$ 3 e pedimos queo governo suspendesse os leilões por 30 dias, já que foi colocadouma quantidade muito grande desses 270 mil toneladas no mês.”
De acordocom o diretor, a próxima safra começa a ser plantada apartir de outubro. Se o preço cair muito, assinalou, os produtores ficarão desestimulados para oplantio da próxima safra. “O governo tem um estoqueregulador. A finalidade desse estoque é comprar quando estábaixo e vender quando está alto. O somatório de leilõese o alto custo de plantio podem comprometer a próxima safra dearroz no estado.”
Osetor arrozeiro e a Conab deverão se reunir novamente no dia 5 de agosto para avaliar o leilão e analisar se serãonecessárias novas operações.