Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil começauma nova ofensiva para aumentar a participação de seusprodutos no mercado chinês. A afirmação foi feitahoje (3) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Miguel Jorge, na cerimônia em que foidivulgada a Agenda China – Ações Positivas para asRelações Econômicas e ComerciaisSino-Brasileiras. Entre as metasestabelecidas no documento, divulgado na sede da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), em Brasília, estãoa triplicação das exportações brasileiraspara a China, com produtos de maior valor agregado, e a atraçãode mais investimentos chineses para o Brasil até 2010."Começamos hoje uma nova etapa. Ofluxo de comércio e de investimentos entre os dois países,economicamente tão importantes, exigem uma estratégiacoordenada e cada vez mais atenta aos assuntos de interesse mútuo",disse o ministro. Segundo ele, o lançamento da Agenda Chinaatitude pró-ativa dos empresários e do governo paraestabelecer uma readequação do perfil das transaçõeseconômicas e comerciais entre o Brasil e aquele paísasiático.
Miguel Jorge reafirmou que um dasmetas do Brasil é elevar as vendas externas para a 1,25% dasexportações mundiais até 2010. "Certamente,o aumento do comércio com a China vai ajudar nessa meta, seelevarmos o conteúdo tecnológico de nossas exportaçõescom produtos de maior valor agregado com relação ao queexportamos hoje."
Dados de 2007 mostram que o Brasilimporta 95,1% em produtos industrializados, que são maiscaros, e vende aos chineses apenas 26,8% desse tipo de produto. Poroutro lado, a composição das exportaçõesbrasileiras para o mercado chinês é de 74% de produtosbásicos, contra 18% de semimanufaturados e 8% demanufaturados. Entre os principais produtos, segundo MDIC, estãoo minério de ferro (34,5%) e a soja em bruto (26,3%).
Entre os principais produtos chinacomprados pelo Brasil estão aparelhos e componenteseletrônicos (34,2%) e máquinas e instrumentos mecânicos18,6%.
Segundo o secretário deComércio Exterior, Welber Barral, o governo brasileiroestabeleceu 619 produtos prioritários de 48 setores, querepresentam US$ 637 bilhões (67%) da pauta de importaçãoda China Desse total, 147 produtos de 28 setores concentrarãomaior esforço até 2010, como petróleo ederivados, metais não-ferrosos, papel e celulose, produtosminerais, químico, carne de aves e suna, peles e couro, alémde instrumentos de precisão, metalúrgicos, ferramentas,tintas e farmacêuticos.
Entre as açõesestratégicas para aumentar o comércio com a China estãoa disseminação da imagem do Brasil no mercado chinês,diversificação dos produtos exportados, o aumento dasparcerias entre as empresas dos dois países e entre o governoe o setor privado.