Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A entrega de correspondência no estado do Rio de Janeiro já está sendo afetada pela greve dos servidores dos Correios, segundo informou na manhã de hoje (2) o sindicato da categoria. A estimativa é de que somente no Rio quase 3 milhões de cartas por dia deixem de chegar a seus destinatários enquanto durar a paralisação. Segundo Marcos Santaguida, diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a paralisação conta com 70% de adesão no estado.Entre as reivindicações dos servidores, que decidiram suspender as atividades em assembléia na noite de segunda-feira (30), estão a implementação do Plano de Cargos e Salários que vinha sendo negociado com o governo desde o ano passado e o pagamento de um adicional de risco de 30% sobre o salário base. Para Santaguida, esse valor é fundamental principalmente para os carteiros que trabalham nas grandes capitais, como Rio e São Paulo."Em São Paulo, alguns carteiros chegam a sair com segurança. Aqui no Rio os assaltos também são muito comuns. E esse adicional é utilizado pelos profissionais para o tratamento de doenças que podem surgir em função dos riscos da profissão, como complicações cardíacas, hipertensão e síndrome do pânico, entre outras", afirmou.A assessoria de imprensa dos correios no Rio rebateu os dados do sindicato e garantiu que do total de 14 mil funcionários da empresa no estado, apenas 20% aderiram à greve. A empresa informou que todas as agências no estado estão abertas e que apenas os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e Dique-Coleta foram suspensos temporariamente.A categoria faz nova assembléia na tarde de hoje (2) para avaliar o movimento e uma passeata pela Avenida Rio Branco, a principal do centro da cidade, está marcada para 15h desta quinta-feira (3).