Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Preservar a memória da cidade de Paraty, litoral sulfluminense, por meio da história de vida dos seus moradores é aprincipal tarefa do braço infanto-juvenil da Festa LiteráriaInternacional de Paraty (Flip), a Flipinha que estána quinta edição.A idéia é colher relatos de alunos de escolaspúblicas e particulares da localidade, que devem participar do evento.São esperadas cerca de 8 mil crianças e adolescentes. Os relatosfarão parte de um projeto do Museu da Pessoa.“Quando relembramos um ator, um livro, trabalhamos amemória. Então, puxamos pelo gancho daqueles que não são autoresconhecidos, mas de alguma maneira, constroem a história de Paraty”,explicou a coordenadora pedagógica da Flipinha, Gabriela Gibrail.Este ano, a Flipinha deve reunir cerca de 20escritores e ilustradores em atividades voltadas para estudantes eprofessores. Estão previstas exposições, rodas de leitura, oficinas eapresentação de peças teatrais preparadas pelos próprios alunos.Haverá também atividades de estimulo à leitura, alémdas tradicionais árvores de livros - em uma praça no centro da cidade,obras são penduradas nos galhos de ipês e magnólias à disposição dosmais curiosos.O objetivo dessas atividades é provocar a leitura porum método não-convencional, o que segundo Gibrail, tem dado certo. Elarevela que desde a primeira edição da Flip, em 2004, a bibliotecapública da cidade ganhou mais livros e faz cada vez mais empréstimos.“Esse é nosso termômetro. O cadastro de pessoasaumenta a cada dia nas bibliotecas de organizações não-governamentais etambém na biblioteca municipal”, disse. “Há também uma troca de livrospara crianças, que são bem caros, entre professores e escolas, umaciranda mesmo”, definiu.A professora explica também que os estudantes deParaty são estimulados, desde o início do ano, a lerem os livros dosautores esperados para a Flip. “Consumamos aqui [na Flip] um momentoesperado o ano inteiro”.