Da Agência Brasil
Brasília - Começou hoje (25), em Florianópolis, o 7º Congresso Brasileiro de Prevençãodas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids. O evento é promovido pelo ProgramaNacional de DST/Aids do Ministério da Saúde. Amanhã(26), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão,vai estar no congresso para falar sobre os 20 anos do Sistema Únicode Saúde (SUS) e a construção da respostabrasileira à epidemia de aids.Hoje, o Brasil tem cerca de 600 mil pessoas vivendo com oHIV. Dessas, 181 mil estão em tratamento comanti-retrovirais, recebendo o medicamentos da rede pública. Cerca de 85% dos municípios brasileiros têm pelo menos umcaso de aids notificado.Deacordo com o diretor-adjunto do Programa de DST/Aids do Ministérioda Saúde, Eduardo Barbosa, a aids não tem um grupoespecífico. “A aids atinge essencialmente pessoas debaixa renda que vivem nas periferias das grandes cidades, mas, naverdade, todas as pessoas hoje se encontram em uma condiçãode vulnerabilidade, por conta da inter-relação entre asvárias populações. Os grupos de gays, travestis,profissionais do sexo e usuários de drogas ainda se encontramcom números altos dentro do quadro da epidemia, porémcom chances de redução.”afirma Barbosa. Segundo ele, 1 bilhão de preservativos foram doados pelo governo federal neste ano. “Esses preservativos vão ser distribuídosde acordo com os planos e necessidades apresentados pelos estados emunicípios.”Uns dos temas a seremdebatidos no congresso é a restrição da entradade estrangeiros com HIV em certos países. “A restrição da entrada [portadores do HIV] é uma decisão de cada país, baseada no seu sistema de saúde. O governobrasileiro não vê motivos para essa restrição", disse Barbosa.