Indústrias com mais de mil empregados mostraram maior dinamismo em dez anos

25/06/2008 - 10h15

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As grandes empresasdo setor industrial que empregam mais de mil pessoas são asque apresentaram maior dinamismo nos últimos dez anos.Indústrias de grande porte são aquelas com 250 pessoasocupadas ou mais. É o que revela a Pesquisa Industrial Anual –Empresa (PIA-Empresa), divulgada hoje (25) pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE).

A economista Isabela Nunes, gerentedo Grupo de Análise do IBGE, informou à AgênciaBrasil que essas empresas “são mais dinâmicas eacabaram gerando 60% do valor total do setor em 2000. Ou seja, asempresas grandes já respondem por 80% do total. Dentre asgrandes, aquelas que têm mais de mil pessoas ocupadas respondempor 60%”.

Em 1996, havia no país 3.168grandes indústrias em atividade. Em 2006, o númerosubiu para 3.448, revelando incremento de 8,8%. Entre as companhiascom mais de mil empregados, que passaram de 588 para 764 no período,o acréscimo observado foi de 29,9%.

O contingente de pessoas ocupadas nagrande indústria como um todo era de 2,7 milhões em1996 e aumentou para 3,4 milhões em 2006, com crescimento de24,9%. De acordo com a pesquisa, nas empresas com mil empregados oumais, o aumento do total de pessoas ocupadas foi de 42,7%.

Segundo a economista do IBGE, foitambém esse segmento das grandes indústrias o únicoque se mostrou dinâmico no período de 1996 a 2006,alterando o tamanho médio, que é a relaçãoentre pessoal ocupado e número de empresas. “A ocupaçãomédia dessas empresas com mil pessoas ou mais era de 2.570 epassou para 2.821 em dez anos. O crescimento foi de 9,8%”.

Apesar de equivalerem a somente22,2% das grandes empresas, as indústrias com mil empregadosou mais têm a maior participação em pessoalocupado (63,8%), no valor da transformação industrial(76,1%), nos salários pagos (68,5%) e na receita líquidade vendas (72,3%).

A pesquisa mostra que as companhiascom mil ou mais pessoas ocupadas tiveram um ganho na distribuiçãode empregos no total da indústria. A participaçãopulou de 29,4% em 1996 e 27,2% em 2000 para 31,9% em 2006. Do mesmomodo, foi apurada expansão da participação naprodução. O valor da transformaçãoindustrial subiu para essa faixa de empresas de 48,7% em 1996, para53,8% em 2000, e 60% em 2006.