Da Agência Brasil
Brasília - A vigilância sanitária ampliou a prevenção e o controle da doença de Chagas aguda transmitida via oral, por intermédio do consumo de alimentos contaminados. O plano de ação consta de informe técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).As medidas previstas no plano, desenvolvido em setembro de 2007, foram definidas por técnicos da Anvisa, representantes dos órgãos de vigilância sanitária estaduais da Região Norte e especialistas em doença de Chagas.Segundo a diretora da Anvisa, Maria Cecília Martins Brito, diz que o plano é eficaz para combatetr a doença. Segundo ela, o plano estabelece competências e incluiu o Ministério Público entre os órgãos que podem contribuir nas ações de prevenção e controle da doença.A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi. Ele pode ser transmitido ao homem pelas vias vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes.A principal causa da doença no Brasil é a transmissão vetorial. O barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o T. cruzi, que pode penetrar na corrente sanguínea. Segundo dados da Anvisa, de janeiro a outubro de 2007, foram notificados 100 casos da doença de Chagas aguda no Brasil. Desse total, quatro óbitos (letalidade de 4%) foram relacionados ao surto da doença.Os surtos foram registrados em 11 municípios da Região Norte: um município do Amazonas, um município do Amapá e nove do Pará. Além desses surtos, também foram registrados 12 casos isolados da doença.