Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O advogado de dois sargentos e dois soldados presos, Márcio Frazão, informou hoje (25) que vai entrar compedido de habeas corpus para assegurar a liberdade de seus clientes. Eles estão presos pelo envolvimento, junto com mais outros sete militares, na morte de três moradores do Morro da Providência, no último dia 14.“O processo criminal começaagora. Vamos entrar com as medidas para soltá-los”,assegurou Frazão.
Sete dos onze suspeitos tiverem prisão preventiva decretada na noite de ontem (24). AJustiça Federal decidiu prender os militares, acatando opedido do Ministério Público Federal (MPF). Os militarescumpriam prisão temporária e seriam soltos hoje (25).
De acordo com nota do MPF, osprocuradores José Augusto Vagos, Neide Cardoso e PatríciaMuñis Weber, à frete do processo, entenderam que aprisão preventiva garantirá a ordem pública e asegurança da continuidade do processo.
Dos 11 militares, quatro játinham prisão preventiva decretada pela JustiçaMilitar. Os outros sete cumpriam prisão temporária,cujio prazo de 10 dias se encerrava à meia-noite de ontem.
Os advogados dos demais presos nãoforam encontrados para comentar futuras providências do caso e, apartir de agora, o MPF tem cinco dias para apresentar denúnciacontra os envolvidos.
O Ministério PúblicoMilitar informou que não há previsão para denunciar os envolvidos. Segundo a assessoria deimprensa, o inquérito policial militar ainda está noComando Militar do Leste.
O Exército desocupou na noitede ontem o Morro da Providência, obedecendo ordem do ministroda Defesa, Nelson Jobim. Ele anunciou a desocupaçãodepois de o Tribunal Regional Eleitoral embargar as obras, alegandofins eleitoreiros.