Dilma diz que não haverá tolerância a desvios ou fraudes no PAC

24/06/2008 - 18h25

Marco Antônio Soalheiro*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra da CasaCivil, Dilma Rousseff, afirmou hoje (24) ao comentar a OperaçãoJoão de Barro da Polícia Federal que “nãohaverá, no âmbito do governo, hipótese dequalquer tolerância a desvios, irregularidades ou fraudes”tanto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)quanto nas demais ações governamentais.Segundo Dilma, dos 119municípios investigados pela PF por suspeitas de desvio derecursos, 37 estavam contemplados com obras do PAC e,destes, apenas oito teriam iniciado as obras com desembolsojá efetuado de R$ 15,5 milhões. Entretanto, salientou aministra, as obras em sua totalidade, nesses 37 municípios, atingiriam R$ 1,8 bilhão.“Além docaráter de investigação, o trabalho da PF tem umpapel dissuasório. O processo de fiscalizaçãopermanente da CGU [Controladoria-Geral da União] e da Caixa é complementado quando háindício de crime pela investigação da PF. Ela [a PF]entra por denúncia ou solicitação da CGU, do TCU[Tribunal de Contas da União] ou do Ministério Público”, afirmou. "E todo mundo que estiver de olho-gordo nas obras do PAC que se cuide", acrescentou Dilma.Dilma ainda lembrou que a Casa Civil determinou que a CGU e a Caixa façam uma "investigação paralela" nos 37 municípios onde há suspeitas de irregularidades em obras no PAC. "A PF ainda não pode nos informar quais são os contratos irregulares, mas a operação nos dá condições de antecipar, refazer a fiscalização", disse. A ministra defendeu ainda a participação de governos estaduais e prefeituras para reforçar a fiscalização das obras.