Comissão de Direitos Humanos da Alerj vai lutar por indenização às famílias de jovens mortos

24/06/2008 - 17h24

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Comissão deDireitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Riode Janeiro (Alerj) recebeu, hoje, em audiência pública,familiares dos três jovens mortos depois de serem entregues atraficantes do Morro da Mineira por soldados do Exército, queocupavam o Morro da Providência, no centro do Rio.Durante a audiência,Lílian Gonzaga da Costa, mãe de uma das vítimas,Wellington Gonzaga da Costa, de 19 anos, pediu justiça. "Eunão tenho medo. O que eu quero é justiça,principalmente para meu filho", disse Lílian.A reunião tambémteve a participação do delegado responsável peloinquérito, Ricardo Dominguez, do defensor público daUnião, André Ordacgy, e da presidente da Comissãode Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ),Margarida Pressburger.O presidente daComissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, deputado estadual AlessandroMolon, do PT, afirmou que a comissão vai trabalhar paraconseguir apoio psicológico e indenização paraas famílias das vitimas."Vamos procurarprover apoio psicológico, que está sendo pedido pelosfamiliares das vitimas, nós vamos também oferecer ajuda a quemdesejar entrar no programa de proteção à testemunha, e mandaremos um projeto de lei ao Congresso Nacional, para indenizar asfamílias ", afirmou Molon.Três jovensmoradores do morro da Providência, no centro do Rio, foramseqüestrados por militares do Exército, no último dia 14, e entregues a traficantesdo Morro da Mineira, no Catumbi, onde foram torturados e mortos. Os corpos dos rapazes foram encontrados no dia seguinte no Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, naBaixada Fluminense.