Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma proposta de acordo na área de defesa. Esse foi um dos temas tratados entre o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro delegado da Defesa da Argélia, Abdelmalek Guénaïza, durante reunião realizada hoje (23). Amorim está visitando aquele país.Segundo informações da assessoria do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a ligar para Guénaïza para falar sobre o possível acordo, cujos detalhes não foram divulgados ainda.Na reunião, Amorim transmitiu ao ministro argelino um convite para que ele venha ao Brasil tratar do assunto. De acordo com a assessoria, haveria interesse do Brasil em aumentar as vendas de produtos de defesa à Argélia.A diversificação das compras argelinas do Brasil também foi tema da reunião realizada entre Amorim e o primeiro-minitro Abdelaziz Belkhadem. O ministro ressaltou que é importante que a Argélia compre mais do Brasil e diversifique a sua pauta de importações.Atualmente, há um esforço do governo brasileiro para aumentar as exportações para aqueler mercado, a fim de diminuir o déficit na balança comercial do Brasil com a Argélia. O fluxo desfavorável chegou aos US$ 2,299 bilhões no ano passado, em especial por conta da importação de petróleo e gás natural.Durante a reunião, o chanceler brasileiro também fez uma proposta para revitalizar a parceria entre os dois países nos setores agrícola e de desenvolvimento industrial.Outro assunto discutido entre Amorim e Belkhadem foi a produção de etanol. De acordo com a assessoria do Itamaraty, o ministro brasileiro apresentou o programa de produção do biocombustível, com o objetivo de esclarecer as dúvidas do primeiro-ministro argelino.Além disso, hoje foram assinados seis atos: três sobre política agrícola, dois sobre saúde e um sobre pequenas empresas. O ministro das Relações Exteriores também se reuniu hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mourad Medelci.Ainda durante esta semana, Amorim cumpre agenda oficial no Marrocos, na Tunísia e em Cabo Verde. As visitas atendem a reiterados convites dos governos desses países africanos. O O governo trabalha para aumentar a presença brasileira na região.