Seis pessoas são mortas a tiros em chacina na Baixada Fluminense

22/06/2008 - 0h01

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Seis pessoas foram mortas a tiros no final da noite de ontem (22), na Baixada Fluminense, e outras três ficaram feridas depois de um ataque de bandidos encapuzados a um bar localizado na rua Réia, no Parque Fluminense, em Duque de Caxias. Entre os mortos está o sargento AdilsonSoares do Santos, de 41 anos, lotado no 5o Batalhão, e que teria sido o alvo principal dos assassinos. Segundo informações de policiais da60a delegacia, os bandidos chegaram ao bar encapuzados e fortemente armados, perguntando pelo PM e depoisabriram fogo contra as vitimas, que estavam bebendo noestabelecimento e não tiveram tempo de reagir. Os bandidos estavam encapuzados.No ataque, também morreram Leonardo Batista Pinto,de 26 anos; Alberto Santos Barreto, de 22 anos; Anderson da Costa Melo,também de 26; e Tiago Batista, de 21. Marcelo Santos Barreto, de 37 anos, chegou a serlevado com vida para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, mas não resistiu aosferimentos e morreu pouco depois de ter dado entrada. Os feridos são: Wanderson Charles Gomes, de34 anos; Marcus Aurélio Pinto, de 32; e Onise Maria Teixeira, cuja idade não foi divulgada.Os crimes ocorreram pouco mais de três anos depois deuma outra chacina que abalou a cidade. Em 31 de março de 2005, 28 pessoas foram executadas por um grupo de extermínio formadopor policiais militares e uma outra ficou ferida, em ataques nos bairros de NovaIguaçu e Queimados, na maior chacina já registrada nomunicípio do Rio de Janeiro.Como conseqüência, até o momento,dois policiais militares foram julgados e condenados: o soldadoCarlos Jorge de Carvalho e o cabo José Augusto Moreira Felipe,condenados a 540 anos de prisão, pelos trêscrimes pelos quais foram acusados (assassinato, tentativa dehomicídio e formação de quadrilha). A Justiça absolveu o terceiro acusado departicipar da chacina: o também soldado da PolíciaMilitar Fabiano Gonçalves Lopes, pelos crimes de tentativa dehomicídio e das 29 mortes ocorridas em março de 2005.Lopes foi condenado apenas pelo crime de formação dequadrilha e terá de cumprir pena de sete anos de prisão.A Justiça do Rio ainda deve julgar maisdois acusados pelos três crimes de Nova Iguaçu e Queimados: o cabo Marcos Siqueira Costa eo soldado Júlio César Amaral de Paula. Outros doispoliciais foram processados apenas pelo crime de formaçãode quadrilha: os cabos Gilmar Simão, já morto, e Ivoneide Souza.