Programa de economia solidária busca opções de trabalho para jovens presidiários

22/06/2008 - 10h01

Da Agência Brasil

Brasília - Uma parceria entre os Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego visa a reintegrar jovens presidiários ao mercado detrabalho, por meio de projetos de economia solidária. O programa prevê também o apoio a grupos de jovens em comunidadesviolentas e a implantação de bancos comunitáriosque não visam o lucro.De acordo com o diretor de Fomento da Secretaria Nacional de EconomiaSolidária do Ministério do Trabalho, Dione Manetti,o programa terá quatro linhas de ação: designar agentes para desenvolvimento local em comunidades com alto índicede violência, apoiar a organizaçãode bancos comunitários, apoiar novos empreendimentos com jovens em regime semi-aberto econdicional, e criar incubadoras deeconomia solidária dentro dos presídios. “A nossapercepção é que, muitas vezes, esses jovens sãolevados ao crime por conta da ausência de um trabalho que possa   permitir melhores condições de vida ou mesmo porqueele não tem nenhuma atividade para realizarA nossa idéia é trabalhar com a prevenção e, ao mesmo tempo, com jovens que sãoapenados dentro dos presídios, para que eles possam sair comcondições necessárias para realizar umaatividade que lhe dê condições parasobreviver”, afirmou Manetti. Segundo ele, o programa tambémvai atender jovens em regime semi-aberto, aberto e condicional. Os cursos de capacitação vão depender da  áreaonde os jovens viviam antes da prisão.“ Em alguns lugares será a construção decooperativas para prestação de serviço, emoutros cooperativas para produção de alimentos, deconfecção", exemplificou.Manetti disse que os bancos comunitários serão instituições que fornecerão crédito para que as pessoas possam desenvolver assuas atividades e também para consumo. “Ocrédito para consumo seria fornecido em moeda social, que permite que a economia local possa se desenvolver, e isso serárealizado a partir da experiência que a Secretaria Nacional de Economia Solidária já desenvolve no país”, disse.Aidéia do programa surgiu em Porto Alegre, onde a economiasolidária já aponta novas perspectivas para aspresidiárias da Penitenciária Feminina MadrePelletier. Lá, seis mulheres trabalham na confecção de roupas e chegam a montar 800 peçaspor dia.Oprojeto terá investimento de R$ 60 milhões até2011, sendo R$ 12 milhões investidos ainda em 2008.