Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder dogoverno na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS),disse hoje (12) que o projeto de lei que assegura o mesmo reajuste dosalário mínimo para todos os benefícios daPrevidência Social não está na lista de matériasprioritárias do governo para votação emplenário."Temos uma pauta de prioridades. Temosque concluir a votação da emenda da saúde.Queremos votar a lei geral do turismo, votar o projeto que reservametade das vagas de universidades públicas para alunos deescolas públicas. Queremos votar o projeto que moderniza oCade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], queé o órgão que controla a concorrência nopaís. Queremos votar a PEC do trabalho escravo, votar ajornada de 40 horas. Vamos discutir, negociar aquilo que estána ante-sala de votação", afirmou.Embora oprojeto não esteja entre as prioridades do governo, opresidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o compromisso debuscar alternativas para melhorar a vida dos aposentados, destacouFontana. "Temos uma política para melhorar a vida doaposentado no país e para qualificar a Previdência nãopodemos nos fixar a uma única idéia para resolver esseproblema", explicou.O projeto foi aprovado na noite deontem (11) na comissão especial criada para analisar amatéria. De acordo com o presidente da comissão,deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a aprovação dapropostas é uma questão de justiça social.Esteano, o reajuste [do salário mínimo] foi de 7,8%,mas os aposentados e pensionistas só tiveram a correçãoinflacionária de 4,2%. Os aposentados e pensionistas queganham dois ou três salários mínimos tiveram umreajuste de 4,2%, enquanto quem ganha o mínimo teve umreajuste de 7,8%. Isso causa injustiça porque daqui a algumtempo esses que ganham dois ou três salários mínimosvão estar ganhando o mesmo valor de quem ganha um saláriomínimo", acrescentou.Agora, o projeto segue paraapreciação no plenário da Câmara dosDeputados.