Sabrina Craide e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deveráse posicionar em no máximo dois meses sobre as mudançasno projeto da Usina Hidréletrica de Jirau, no Rio Madeira(RO). Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o consórciovencedor do leilão apresentou ontem (11) ao Ibama ajustificativa de mudança no local da usina. Segundo oministro, as alterações só serãopermitidas se os impactos ambientais forem menores.“Se não tiverredução de impacto ambiental não vejo como mudaro local”, disse o ministro.Após vencer oleilão da usina de Jirau, o consórcio EnergiaSustentável do Brasil anunciou mudanças no projetoinicial incluindo a realocação da barragem em 9,2quilômetros abaixo do ponto original.Minc garante que a análise da proposta de mudança feita pelo consórciovencedor será rápida e técnica. “Vai ser uma decisão rápida, objetiva,calcada na lei e nos pareceres técnicos. E baseado nisso a respostaserá simples: se aceita ou não o novo local. Não ficaremos um ano paradar essa posição”, disse. Segundo ele, a posição do Ibama não dará margem aquestionamentos jurídicos e não irá afetar o processo de licenciamentoda usina de Santo Antônio, também no Rio Madeira. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que é possívelque a questão seja questionada na Justiça. “Acho que há essapossibilidade, ela sempre existe. Qualquer pessoa considerada lesada nosistema recorrerá à Justiça. O Ministério Público pode fazer também e oTribunal de Contas também tem o direito de dar sua opinião. Não é umaquestão liquidada, decidida”, afirmou. Carlos Minc também anunciou que a licença de instalação da UsinaHidrelétrica de Santo Antônio, também do Rio Madeira, que estavaprevista para o dia 31 de julho, deverá ser antecipada em cinco dias. Minc e Lobão participaram hoje (12) da cerimônia de assinatura docontrato de concessão para implantação e exploração da UsinaHidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO).