Minc quer apoio de governadores para combater crimes ambientais

11/06/2008 - 19h13

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai buscar apoio dosgovernadores para articular a participação de bombeirose policiais militares de batalhões florestais na prevençãoa crimes ambientais e incêndios florestais. A idéia,discutida hoje (11) entre Minc e o ministro da Justiça, TarsoGenro, é uma alternativa à criação de umaGuarda Nacional Ambiental, descartada pelo Ministério daJustiça.

SegundoMinc, ao contrário de uma corporação nos moldesda Força Nacional de Segurança, “que atua emsituações de emergência”, o objetivo éarticular agentes para trabalhar em ações de prevenção.

“Será uma nova articulação com estados,envolvendo bombeiros e os batalhões florestais. No Brasilexistem 9,6 mil homens e mulheres nos batalhões florestais eexistem dezenas e dezenas de milhares de bombeiros. Delineamos umcaminho para incorporar alguns deles na prevençãoarticulada também com o nível federal”, detalhou.

O ministro afirmou que o primeiro passo para organizar a proposta,que chamou de “Guarda Parque”, é ouvir os governadorespara definir que estados assinarão o convênio e osdetalhes da atuação do grupo na prevenção. “Acho que vai ser uma notícia bem recebida[pelos governadores]. É muito mais barato trabalharnotificando o proprietário, prevenindo a queimada, reforçandoa defesa das unidades de conservação do que choraratrás das floresta queimada, da seiva derramada”, comparou.

Atualmente, o combate aos crimes ambientais é feito por órgãos federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal, e por polícias ambientais estaduais, que não atuam, necessariamente, de forma conjunta.Ao deixar a reunião com Tarso Genro, Minc tambémanunciou a entrada da Polícia Rodoviária Federal (PRF)na terceira etapa da Operação Arco de Fogo. A PRF vaiatuar no controle da movimentação de material ilegal,principalmente em entroncamentos de rodovias federais.

Os dois ministros também discutiram a possibilidade degarantir que parte dos recursos obtidos em leilões de materialapreendido pelas operações de controle de desmatamentosejam revertidos diretamente para o financiamento de açõesambientais. Atualmente, o dinheiro dos leilões vai para oscofres públicos sem destinação orçamentáriapré-definida.