Sabrina Craide e Aécio Amado
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - As manifestações promovidas hoje (11) pela Via Campesina, contra a alta dos preços dos alimentos e as suspeitas de corrupção do governo do Rio Grande do Sul, terminaram em conflitos com soldados do Batalhão de Choque da Brigada Militar, em PortoAlegre.Deacordo com informações do porta-voz da Via Campesina noRio Grande do Sul, Sedenir de Oliveira, cerca de 300 integrantes devárias entidades ligadas à entidade se preparavam para fazeruma manifestação contra a alta dos preços dosalimentos, em frente a um supermercado no bairro Menino Deus, quandoforam surpreendidos por soldados da Brigada Militar, que impediram oprotesto. “Eles partiram em nossa direção disparandobombas de gás e balas de borracha”, disse.Sedenirdisse ainda que, momentaneamente, os manifestantes se dispersaram, masvoltaram a se reunir no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Noentanto, quando caminhavam em direção ao PalácioPiratini, para um novo protesto contra a suspeita de corrupçãono governo do estado, os militares apareceram outra vez e um novoconflito se deu entre os militantes e os policiais. Ele informou que cerca de 12 manifestantesforam detidos pela Brigada Militar e outros 15 ficaram feridos. O Subcomandante Geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues, disse que a manifestação integra um conjunto de atos que a Via Campesina vem realizando desde ontem (10) em todo o país. Ele contou que os policiais tiveram que usar a força, para dispersar os manifestantes, que ocupavam o supermercado, e depois obstruíram uma rua próxima ao centro da cidade. Segundo coronel Mendes, foram usados agentes químicos e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Cerca de três policiais foram feridos nos confrontos. Ele classificou as manifestações dos manifestantes como uma “baderna” e disse que a polícia vai continuar contendo ações desse tipo. “A Brigada Militar está aplicando a lei como ela deve ser aplicada. Vamos preservar a ordem pública, porque essa é a nossa missão”, garantiu.