Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesarde admitir ter sofrido pressão da Casa Civil para dar agilidade nadocumentação da venda da Varig, a ex-diretora da Agência Nacional deAviação Civil (Anac) Denise Abreu disse que não houve ordensexpressas da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, parafacilitar o processo de venda."Aministra Dilma não me mandaria fazer nada. Mas eu fui fortementequestionada, fui contestada, sim. Existia, sim, uma tese de que eu era umadinossaura do direito, que queria fazer exigências que não constavamexplicitamente da lei", disse Denise à Comissão de Infra-Estutura do Senado,onde presta depoimento, para explicar denúncias de que teria sidopressionada pela Casa Civil, para facilitar o processo de venda da Varige da VarigLog.Denisechegou ao Senado escoltada por seguranças e trazendo uma mala dedocumentos, que dizia servirem para comprovar as denúncias que fez,mas, quando indagada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), se tinhaalgum documento que efetivamente atestasse a pressão que sofreu, eladisse que não havia ordem expressa, mas uma "pressão psicológica muitogrande".