Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os deputados da base dogoverno comemoraram a aprovação da ContribuiçãoSocial para a Saúde (CSS) pelo Plenário da Câmarapor 259 votos favoráveis, 159 e duas abstenções.O governo precisava de 257 votos. "Foi uma vitóriadupla. Ganha quem combate a corrupção e quem querajudar a saúde", disse o líder do governo naCâmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS). Segundo ele, aaprovação da CSS além de garantir uma fontedefinitiva e exclusiva para a saúde de mais de R$ 10 bilhõespor ano, vai restabelecer o caráter fiscalizatório quetinha a Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF), rejeitada pelo Senadono ano passado, sobre as movimentações financeiras.Os aliados do governodizem que não temem a rejeição do projeto noSenado. "A Câmarateve a coragem política de aprovar uma fonte de recursos paraa saúde e já estamos em entendimento com o senadores.Muitos deles já estão convencidos e temos certeza deque o Senado vai manter a orientação dada pela Câmara",afirmou o líder do PT, deputado Maurício Rands (PE).O líder do DEM,deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), criticou a"intromissão do Palácio do Planalto" naliberação de emendas para os aliados na vésperada votação da matéria, e disse que a últimainstância para rejeitar a CSS pode ser a Justiça. "O mais grave éo fato do governo ter posto sua impressão digital na criaçãodeste novo imposto. Mas ainda estamos confiantes de que o Senado vaiderrubar esse imposto, e se não o fizer, estamos preparando asbaterias para ir ao Supremo [Tribunal Federal] contra essenovo imposto", disse.