Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A JustiçaFederal adiou, mais uma vez, os depoimentos do coronel Wilson deBarros Consani Junior e de Boris Bitelman Timoner, investigados pelaOperação Santa Tereza por envolvimento em um esquema defraude em empréstimos no Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES), prostituição, lavagemde dinheiro e tráfico internacional de mulheres. Foi o terceiro adiamento dos depoimentos deConsani Junior e Timone, que deveriam ter sido ouvidos na tarde dehoje (9). O o juiz federal Márcio Ferro Catapani decidiu adiaros depoimentos porque não recebeu a tempo um ofício da PolíciaFederal (PF) que aguardava para os interrogatórios. Nem a PFnem a Justiça Federal divulgaram o teor do ofício, jáque o processo corre sob sigilo. Segundo a Justiça Federal, a nova data dosdepoimentos só será definida após o recebimentodo ofício. De acordo com o advogado Anderson Real, querepresenta os acusados Washington Domingos Napolitano e Edson LuisNapolitano, já ouvidos pela Justiça Federal, ointerrogatório foi adiado para que “a defesa tome ciênciadessa nova investigação, dessa nova interceptaçãoque foi realizada [pela Polícia Federal] e que atéagora não foi juntada aos autos”. Real disse desconhecer que provas sãoessas, mas revelou que seria uma nova interceptaçãotelefônica do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP),que já teria sido divulgada pela imprensa. “Essa escuta foidivulgada pela imprensa, mas ainda não tivemos acesso a ela”,afirmou o advogado. O coronel Consani Junior criticou o adiamento dosdepoimentos. “É a terceira vez que eu venho. Querocolaborar com a Justiça desde o primeiro momento. Estoucolaborando com as investigações, respondi a todas osquesitos da Polícia Federal, mas houve um problema – que nãosei explicar – e ela foi redesignada.”