Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A queda da produção industrial em abril na comparação com março nos estados do Ceará e Pernambuco, divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não representa prejuízo expressivo ao ritmo de crescimento desses estados. A avaliação é do pesquisador do IBGE, André Macedo.A Pesquisa Industrial Mensal do instituto mostra que a indústria do Ceará e a de Pernambuco tiveram as desacelerações mais intensas dentre as 14 regiões analisadas. Os índices foram de -7,7% e -8,4%, respectivamente. "Os dois locais haviam crescido nos meses anteriores em magnitude bastante expressiva, de tal forma que a queda não suplanta o crescimento observado", afirmou o pesquisador do IBGE. "O Ceará, nos dois últimos meses, acumulou um ganho de 12,9% e Pernambuco, nos últimos cinco meses, [teve] 10,6% de crescimento", destacou.Os estados do Ceará e de Pernambuco contribuíram para a queda da produção da indústria nacional de 0,4%, em março, para 0,2% em abril. Oito regiões, mais da metade dos locais pesquisadas pelo IBGE, ficaram abaixo dessa média. "Esses resultados regionais acompanham a estabilidade do ritmo produtivo para esse tipo de comparação observado em nível nacional. Vale destacar que nos outros seis locais, com resultados positivos, tem um peso importante São Paulo [0,6% de crescimento], que cresce nesse tipo de comparação por dois meses consecutivos", explicou Macedo.Segundo o pesquisador, as indústrias paulistas têm um peso importante na estrutura industrial brasileira e "puxam o indicador de crescimento para o patamar positivo, embora próximo à estabilidade [0,2%]".Por outro lado, entre as seis melhores taxas, a pesquisa do IBGE destaca o desempenho das indústrias de Goiás, com 3,6% de crescimento, e Bahia, 1,6%. Também ficaram acima da média nacional os estados de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.