Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de RelaçõesInstitucionais, José Múcio Monteiro, acredita que háuma “alta dose de ressentimento” no ato da ex-diretora da AgênciaNacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu dedenunciar que sofreu pressão da ministra-chefe da Casa Civil,Dilma Rousseff, durante as negociações de venda daVarig. “Acho que tem uma dosagem alta de ressentimento, mas nãosignifica que absolutamente tudo seja ressentimento, e o que nãofor ressentimento será esclarecido”, disse.Segundo o ministro, épreciso separar os ressentimentos dos fatos para que entãopossa se esclarecer o assunto. “Passadas as questões deressentimento, das substituições, tudo isso é dademocracia. O bom é que tudo vem à tona e como eu jádisse uma vez, quem quer se antecipar e tem interesse noesclarecimento das coisas é o governo”. Em entrevista ao jornalO Estado de S. Paulo, publicada ontem (4), a ex-diretora daAnac afirmou que foi pressionada pela ministra Dilma Rousseff e pelasecretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a tomardecisões favoráveis à venda da VarigLog e daVarig ao fundo americano Matlin Patterson e aos três sóciosbrasileiros.Segundo a reportagem, aministra tentou impedir que Denise exigisse documentos dos sóciosda empresa que comprou a Varig, contrariando a legislaçãobrasileira que proíbe estrangeiros de ter mais de 20% docapital das companhias aéreas.