Mylena Fiori e Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa,Nelson Jobim, aproveitará a presença dos 11 chefes deestado sul-americanos e do vice-presidente do Uruguai para convenceros líderes da importância de um conselho sul-americanode defesa para a região. Ao chegar ao encontro da Uniãode Nações Sul-Americanas (Unasul), hoje (23), Jobimdisse esperar que tal decisão seja tomada no âmbito daUnasul. "Se os presidentesdecidirem pela criação do conselho, teremos que fazeruma reunião de ministros de defesa para formatar as açõesdo órgão. Agora será somente a decisãopolítica", afirmou. A proposta jáfoi apresentada pelo ministro em viagem pela América do Sul.Ele admite que não há consenso, mas frisa queparticipará da iniciativa o país que quiser. Aresistência mais explícita vem da Colômbia. Opresidente colombiano, Álvaro Uribe, chegou a dizer que nãotinha interesse de integrar o órgão. "A Colômbiadisse que quer pensar no assunto, foi a única que nãofez um apoio ostensivo. Vamos ver qual será a decisãodo presidente Uribe", disse, assegurando que o presidentecolombiano comprometeu-se a examinar o assunto.Quanto àoposição do parlamento uruguaio à formaçãodo conselho, Jobim considera uma disputa “doméstica”."Tivemos uma reunião com eles [uruguaios] e estãousando isso para uma oposição ao governo, é umadisputa interna", comentou.Para o assessorespecial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, épreciso avançar na proposta sem pressa. "Outros processosde integração regional até hoje nãoconseguiram resolver o tema de uma política de defesa comum.Demos um pequeno passo, suscitamos uma discussão que achopositiva. Agora vamos ir com o ritmo adequado", afirmou, aochegar à reunião da Unasul.