Mariana Jungmann*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apenas 37% da população brasileira que vive em áreas rurais tem acesso a saneamento básico. O número, de 2006, é exatamente o mesmo de 1990 e foi apresentado no relatório World Health Statistics 2008 (versão em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o estudo, 58% dos habitantes de regiões rurais têm acesso a fontes de água potável. Já nas áreas urbanas, 84% têm acesso a saneamento básico e 97% a água potável.No total, o Brasil tinha, em 2006, 77% de acesso a saneamento básico e91% a água potável. Numa comparação com outros países emdesenvolvimento, a vizinha Argentina registra que 91% dos habitantes têm acesso a saneamento e 96% aágua tratada. Já a China garante água potável a 88% de sua população e saneamento a 65%. AÍndia apresenta índices de 89% e 28%, respectivamente.O relatório, divulgado hoje (19), faz um apanhado geral da saúde no mundo, com dados que vão desde a natalidade e a mortalidade nos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), até os gastos desses países com saúde e tratamento de aids, malária, tuberculose e doenças cardiovasculares. Segundo a pesquisa, a saúde foi responsável pelos gastos de 7,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e representou 6,7% dos gastos do governo. Do total de despesas com saúde, 55,9% foram pagas por fontes privadas e 44,1% pela União. Em um país como aAlemanha, os gastoscom saúde respondem por 10,7% do PIB, sendo que 76,9% são pagos pelogoverno e 23,1% de forma particular.O relatório aponta ainda que 22% dos adultos do mundo fumam. Dois terços deles estão em 10 países – entre eles o Brasil – que respondem por 58% da população mundial. Ainda segundo o estudo, as mortes relacionadas ao cigarro devem pular de 5,4 milhões em 2004 para 8,3 milhões em 2030 – 80% delas nos países em desenvolvimento.