Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante a comemoraçãodo primeiro aniversário do Plano de Desenvolvimento daEducação (PDE), o presidente Luiz Inácio Lula daSilva reclamou do fim da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja prorrogaçãofoi rejeitada pela Senado no final do ano passado. Ele tambémafirmou que o governo federal não tem dinheiro para cumprir,sozinho, todas as metas do PDE.“Quando tiver essas creches[previstas no PDE], a primeira que começar a funcionar,a gente vai pegar os ministros da área econômica e ossenadores que votaram contra a CPMF e a gente vai levá-los[até as creches] e eles vão perceber que épreciso mais dinheiro, vão perceber o que poderíamosfazer com R$ 40 bilhões a mais por ano no orçamento”,disse.O ministro de Relações Institucionais,José Múcio, disse hoje que governo não vai criarnenhum tipo de fonte de recursos semelhante à CPMF. E jogoupara o Congresso a responsabilidade de propor fontes de receita paraarcar com as despesas que surgirão, caso o Legislativo aprovea Emenda Constitucional nº 29, que obriga o governo a investircerca de R$ 20 bilhões em saúde até 2010.Na cerimônia,Lula defendeu outro programa governamental, o Bolsa Família.Segundo o presidente, não existe no mundo um planoassistencial que atende tantas pessoas.“Não existehoje na face da Terra um programa social que atenda a quantidade degente que o Bolsa Família atende com um cadastro quase queperfeito. Ainda tem problemas, não sei se do Patrus [Ananias,ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome], daCaixa Econômica Federal ou dos prefeitos”, disse Lula,durante o evento realizado em um hotel da cidade que reuniu váriosprefeitos.Lula assegurou que o Bolsa Família chegaráa todos os pobres do país. “O Bolsa Família vaichegar, e o presidente da República não conhece umapessoa. Não sei se são pretas, brancas, velhas, novas,corintianas, palmeirenses, flamenguistas ou vascaínas. Nãoquero saber. O que é importante é que o programaconseguiu atingir a veia da sociedade brasileira”, disse.