Agência Brasil
Brasília - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje (15), emParis, a elaboração de uma nova lei de licenciamentoambiental para o Brasil, “com exigências mais rigorosas, masque diminua ao mesmo tempo a burocracia". As informaçõessão da BBC Brasil.
Durante sua gestão como secretário estadual do Ambientedo Rio de Janeiro, Minc reduziu pela metade o tempo para aprovarcertificações e licenças de instalaçãoe operação no estado.
"Mais burocracia não significa maior rigor em relaçãoàs exigências ambientais", argumentou Minc, ementrevista coletiva na capital francesa. "Ao contrário, aburocracia é a mão da corrupção", afirmou.
Minc disse que vai manter "todas as políticas daex-ministra Marina Silva, sem exceções, e aprofundá-lasem algumas questões", com base em sua experiênciaprópria com políticas urbanas e industriais comosecretário no Rio de Janeiro.
O novo ministro disse que "foiobrigado" ao aceitar o cargo. "Não era convite, eraintimação", afirmou. "Nãopedi, tenho mandato no Parlamento [Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro], mas, em vista da insistênciado governador Sérgio Cabral [do Rio de Janeiro], disse que aceitaria o cargo", completou.Entre as políticas defendidaspelo novo ministro está a ampliação das áreasprotegidas no Brasil. "Sou preservacionista", afirmou. "Asáreas protegidas no Brasil têm de ser ampliadas ecuidadas. E têm de ter financiamento para a sua preservação", defendeu.
Minc disse ainda que pretendeimplantar em nível nacional um sistema de defesa das unidadesprotegidas utilizando profissionais formados especialmente para estaatividade, como já fez no Rio de Janeiro. Esse sistema poderiaincluir o uso de militares nas áreas de conservação, segundo Minc.
Na próxima segunda-feira(19), Carlos Minc se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lulada Silva e com Marina Silva, em Brasília.