Senador disse que críticas de governadores teriam influenciado demissão de ministra

13/05/2008 - 20h27

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador ExpeditoJúnior (PR-RO) afirmou hoje (13) que a "gota d'água"para o pedido de demissãoda ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi a reunião ocorridana semana passada, no Palácio do Planalto, entre o presidente Luiz InácioLula da Silva e governadores da região Norte. Participaram a ministra Marina Silva e o ministro extraordináriode Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. O assunto principal, segundo o senador, foi o Plano Amazônia Sustentável(PAS). Aliado político e amigo do governador de Rondônia, IvoCassol, o parlamentar disse que, nesta reunião, os governadores"descascaram a ministra" e a forma como o Ministériodo Meio Ambiente conduz apolítica governamental para o setor.Expedito Júnior,que não participou do encontro, ressaltou que o relato sobre o desenrolar e oclima da reunião foi feito por Cassol. Segundo o parlamentar, a ministra teria "se indisposto" e nãoaceitou a transferência de atribuiçõesem conseqüência do Plano AmazôniaSustentável, elaborado por Unger.O senador afirmouque os governadores que mais fizeram críticas à condução da política ambiental da ministra foram Blairo Maggi, do MatoGrosso, e Ivo Cassol. As críticas foram imediatamente rebatidas por Marina. "Na hora, ela se indispôs e foicontra", disse Expedito Júnior.Comorepresentante da base governista e aliado de Cassol, o senador reforçou ascríticas dos governadores. "O Ministério do MeioAmbiente tem uma políticaque comemora quando se multa e se prende madeireiros e fazendeiros, mas nãocomemora quando se aumenta a geração de empregos", disse.O senador lembrou que aministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria realizado gestõespessoais para acelerar o processo de licenciamento ambientalque possibilitou dar andamento às obras da Usina Hidrelétrica doRio Madeira, em Rondônia. "A ministra Dilma foi decisiva no processo de demissãodo então presidente do Ibama [Marcus Barros]" que, na avaliaçãode Expedito Júnior, retardava a liberação dalicença ambiental