Banco Mundial planeja investir em programas estaduais no Brasil nos próximos quatro anos

08/05/2008 - 11h55

Da Agência Brasil

Brasília - Nos próximos quatro anos, o Banco Mundialdará maior apoio a programas estaduais desenvolvidos no país, segundo informou o diretor da instituição no Brasil, John Briscoe, em entrevista à Rádio Nacional nessa quarta-feira (7).Briscoelembrou que nos últimos quatro anos os principais financiamentos dobanco no país foram para o governo federal. Ele destacou que o paístem conseguido financiamentos internos e externos mais fáceis,o que direciona os recursos obtidos com o banco a complementar projetos e programas.

“O paísenfrenta várias carências e uma delas é a médiade impostos muito alta. Quase 40% do Produto Interno Bruto [PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país] vaipara impostos. Gastos com o dinheiro público tambémpodem ser melhorados. O Banco Mundial tem uma demanda forte porparte do governo federal e dos estados para ajudar no melhoramento daqualidade de gastos”.

Briscoelembrou que entre os desafios do Banco Mundial no Brasil estão apobreza no Nordeste e a falta de infra-estrutura na Amazônia,associada com as necessidades de conservação do bioma.

“Obanco tem uma longa história de trabalho com o Nordeste. Felizmente hoje quase toda população da regiãotem acesso a serviços básicos. Mas cada vez mais setorna um desafio levar a comunidade para o mercado de trabalho. Então,o banco continua engajado fortemente nisso”.

Para receber os recursos, o estado deverá aderir ao Programa de Ajuste Fiscal (PAF). Sem isso, o BancoMundial não pode  fazer a parceria com os estados. Briscoeexplicou que uma vez que o estado tenha aderido ao PAF começa a discussão para definir o programa a ser implantado.

“Quem faz a solicitação são os governadoreseleitos, pois eles é que sabem da necessidade decada região”.