Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante os trêsprimeiros meses de 2008, o Brasil registrou 550 mil novos postos detrabalho com carteira assinada – 38% a mais do que o registrado no mesmo período no ano passado. Para o ministro do Trabalho,Carlos Lupi, o país vive um momento histórico.
“Estamosvivendo um momento, no Brasil, muito singular. A geraçãode emprego está crescendo a cada mês. Tenho absolutaconfiança de que vamos viver um 2008 melhor que 2007 nageração de emprego, quebrando o recorde do ano passado”,avaliou, ao participar hoje (30) de entrevista a emissoras de rádiono estúdio da Empresa Brasil de Comunicação(EBC), em Brasília.
A meta doMinistério do Trabalho e Emprego (MTE) é gerar1,8 milhão de atividades remuneradas formais em 2008 contra as 1,6 mil de 2007.
Lupiacredita que o “bom momento” econômico brasileiro – sobretudocom o aquecimento da economia interna – contribui para empregabilidade. Ele destaca que o reajuste real na casa dos 30% do salário do mínimo, nos últimos cinco anos, também colabora para esse arrefecimento. Segundo o ministro, a renda mínima do trabalhador brasileiro atinge atualmente o patamar dos US$ 250.
“Claroque ainda não é o ideal. Tenho plena consciênciade que ainda precisamos avançar, de que isso ainda não é suficiente para o trabalhador viver com dignidade. Mas é umavanço e esse dinheiro está indo direto para aeconomia.”
Oministro ressalta ainda que as pessoas queganham até três salários mínimos, fatiaque representa quase 60% da população brasileira, estão “colocando esse dinheiro no mercado, se alimentandomelhor e comprando bens à prestação.”
Apesar de ataxa de juros ser classificada pelo próprio Lupi como “amais alta o planeta”, ele garante que o mercado é maisacessível agora do que, anteriormente. “As prestaçõesestão mais longas e menos pesadas para otrabalhador. Isso está aquecendo a economia.”
ParaLupi, a imagem do país no cenário internacional também está sendo reforçada, sobretudo diante da reserva cambial de mais deUS $ 170 bilhões, classificada pelo ministro como “a maiorda história”.
“OBrasil, hoje, tem o mais baixo nível de risco. Aqueles quequerem investir sabem que, no Brasil, vão ganhar comcerteza.”