Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Começou hoje (4) no município deSaquarema, na Região dos Lagos fluminense, uma campanha demobilização de combate ao mosquito da dengue com açõeseducativas e a distribuição de armadilhas de captura aomosquito, as chamadas mosquitoeiras.Com a participação do infectologistado Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ), Maulori Cabral, a campanha tem o objetivo de evitaruma epidemia da doença com a participaçãoefetiva da população, por meio de açõeseducacionais. Estão envolvidos moradores de Saquarema,funcionários da prefeitura, agentes de saúde, alémde alunos e professores de escolas públicas e privadas.A mosquitoeira genérica foi desenvolvida epatenteada pela UFRJ e aprovada pela Secretaria Municipal de Saúdedo Rio de Janeiro. “Essa mosquitoeira é um instrumentoeducacional”, destacou o infectologista.Segundo Cabral, é fácil confeccionaruma mosquitoeira para captura do mosquito que transmite o vírusda dengue. “Todo mundo pode fazer”, garantiu. Ele lembrou que aexperiência foi iniciada com êxito pela prefeitura deSaquarema, no primeiro semestre do ano passado. Estudantes prepararam as armadilhas, como parte deatividades escolares e as levaram para casa. O objetivo era, depois,avaliar os resultados. O primeiro teste foi um sucesso e a experiência foi, então, repetida no segundosemestre. No segundo teste, conseguiu-se uma maiormobilização por parte da população.
A mosquitoeira genérica podeser feita em casa. O material necessário é fitaisolante, microtule, garrafa PET e um pedaço de lixa paraacertar a boca da garrafa. No interior da armadilha, sãocolocados grãos de arroz cru com palha triturados, ou alpiste,e água.
“Só isso. Essa mosquitéricaserve como maternidade para o mosquito. As fêmeas vãobotar ovo lá porque tem ambiente com água, estána sombra e tem bastante comida para garantir a sobrevivênciada prole. Só que a prole que vai nascer não temcondições de ganhar a liberdade e morre ládentro. Ou seja, você elimina a próxima geraçãodo mosquito”, explicou o infectologista.
Amanhã (5), a UFRJ vaiaplicar a experiência na Ilha do Governador, na capitalfluminense. Será a primeira vez que as mosquitoeiras serãotestadas numa área em que a população nãoé flutuante, como ocorre em Saquarema.