Daniel Mello
da Agência Brasil
Brasília - A Comissão deDireitos Humanos deve realizar uma audiência pública paraouvir entidades que atuam na defesa da criança e do adolescente. Osdeputados da comissão estiveram hoje (3) em Goiânia paratomar conhecimento do andamento das investigações sobrea tortura sofrida por uma menor por sua mãe adotiva, aempresária Sílvia Calabresi. Os parlamentaresouviram a menor, a empresária, a empregada da casa daempresária, Vanice Novaes, a delegada do caso, AdrianaAccorsi, e o juiz da Vara da Infância e da Juventude deGoiânia, Maurício Rosa.A deputada Írisde Araújo (PMDB-GO) defendeu a instalação nascidades de órgãos que atuam em defesa da criançae do adolescente. “A únicadelegacia de proteção à criança e aoadolescente do estado de Goiás é a de Goiânia”,lembrou a deputada, acrescentando que seriam necessárias maisdelegacias do tipo e mais agentes para atuar nos juizados de menoresno país.Segundo ela, o caso damenor demonstra necessidade de maior atenção do poderpúblico em relação às crianças eadolescentes. “Fica bem claro paranós que é necessário que o poder públicofaça um novo desenho a respeito da proteção denossas crianças”, disse a deputada. O deputado SebastiãoBala Rocha (PDT-AP), 1º vice-presidente da comissão,defendeu punição exemplar para os envolvidos na torturada menor.“A puniçãotem um aspecto pedagógico de dizer para o Brasil inteiro, epara o mundo, que a violência contra a criança écrime, que castigar excessivamente a criança é crime,que tortura é crime e tem que ser punida de maneira severa”,disse o parlamentar.A empresáriaSílvia Calabresi está presa na Casa de PrisãoProvisória de Goiânia junto com a empregada da casa,ambas acusadas de manter a filha adotiva de Sílvia em cárcereprivado e de torturar a menina.