Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão vai enviar ao Congresso Nacional nos próximos dias um projeto de lei criando o cargo públicode gestores na área social, a ser ocupado por profissionais denível superior, como assistentes sociais, arquitetos e economistas,para atuarem principalmente nos ministérios da Saúde e doDesenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Eles serãocontratados com salário de aproximadamente R$ 5.500 paraelaborar políticas públicase fazer análise e acompanhamento de projetos sociais. As informações foramdadas hoje (12) pelo ministro do planejamento, Paulo Bernardo, apósa solenidade em comemoração dos quatro anos da criaçãodo MDS, que atualmente conta com cerca de 1,3 mil funcionários,entre servidores públicos e contratados, a maioria terceirizados. Segundo o ministro,ainda não há prazo previsto para a realização do concurso que irá selecionar os profissionais. Mas ele disse que deve ser aberto assim que o novo cargo for aprovado pelo Legislativo.Questionado por jornalistas sobre umapossível incoerência entre a previsão de novascontratações e a falta de recursos apontada pelogoverno como motivo para suspender os aumentossalariais prometidos ao funcionalismo público no ano passado, Bernardoafirmou que os acordos com as várias categorias de servidoresserão cumpridos em prazos diferenciados e dependem da votação do Orçamento da União para 2008.“A partir do momento em que nósconsigamos equilibrar o orçamento - e eu espero que ele sejavotado hoje - nós vamos reavaliar todas essas condições,e o que nós prevemos é cumprir os acordos que nósfizemos com prazos diferentes por causa do impacto na nossa despesa”, explicou o ministro.Segundo o ministro, o aumento da arrecadação tributária, gerada com o crescimento econômico do país, dá condição ao governo de equilibrar com mais facilidade a perda de recursos com a não-aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).