Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - A publicidade debebidas alcoólicas, medicamentos e alimentos deve ser reavaliada. Essa é a opinião da gerente deMonitoramento e Fiscalização da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Maria JoséFagundes, que participou hoje (12) de audiência pública no Senado que discutiu a regulamentação dos limites da propaganda comercial.“O direito à saúde permeia toda aConstituição. O mais importante é a saúdedos brasileiros ou a publicidade?”, indagou.Também presente à audiência pública, ovice-presidente executivo do Grupo Bandeirantes de Comunicação,Walter Ceneviva, disse que essa é uma pergunta equivocada.Segundo ele, a resposta sempre será positiva para aimportância da saúde. “Não há como nãoprevalecer a saúde. O que põe em risco a saúdedos brasileiros não é publicidade e sim a falta depolíticas públicas que garantam esse direito e tambémo não cumprimento do Código de Defesa do Consumidor”,disse.Para o presidente assessor da presidência daAssociação Brasileira de Agências de Publicidade(Abap), Stalimir Vieira, a liberdade de expressão e a saúdesão direitos da democracia. “Vivemos períodos, como a ditadura militar, em que não tínhamos liberdade. Hojeconquistamos uma legislação publicitáriainteiramente clara que atende a todos os direitos.”Segundo o representante doGrupo Bandeirantes de Comunicação, proibiçõesnas propagandas comerciais trariam grande impacto para apopulação. “Com a proibição a genteconsolidaria monopólios. A democracia é poder gerarempregos e concorrência entre empresas. Isso movimenta o nossomercado”, disse Ceneviva.