Gasto para substituição de cédulas em má conservação ainda é alto, diz Banco Central

12/03/2008 - 14h37

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil gastou, em2007, R$ 140 milhões na substituição de cédulasde dinheiro e R$ 40 milhões na fabricação de novas cédulas, segundo a pesquisa O Brasileiro e sua Relaçãocom o Dinheiro, divulgada hoje (12) pelo chefe do Departamento do Meio Circulantedo Banco Central, João Sidney de Figueiredo Filho.O uso da moeda no país,em termos reais, aumentou muito nos últimos 14 anos, passandode R$ 10 bilhões em 1994, quando foi implantado o Plano Real,para quase R$ 93 bilhões até o momento. “Estamos atingindo patamares que se aproximam dospatamares europeu e americano de proporção de dinheirosobre o Produto Interno Bruto (PIB). Sem dúvida esses sãosinais de que o brasileiro está tendendo a usar mais a moeda,proporcionalmente”, explicou Figueiredo Filho.Segundo o economista,atualmente o valor de moeda circulante representa 3,7% do PIB,contra uma média de 6,5% na União Européia. Noentanto, ele alerta para que os brasileiros cuidem melhor dodinheiro. “A substituição de notas desgastadas éum aspecto que pode melhorar e reduzir a despesa pública. Seas pessoas cuidam mais do dinheiro, certamente ele dura mais e nãoprecisa-se substituir tanto”, recomendou.Figueiredo Filho tambémressaltou a importância de a população usar asmoedas nas suas despesas. “Se as pessoas tiram as moedinhas dasgavetas, dos cofrinhos, e as colocam em circulação, nãoé preciso colocar mais novas moedas em circulação”, disse. Ele adiantou que ao longo de 2008 serão colocadas emcirculação mais 400 milhões de moedas de R$1, aumentando o número total para cerca 1,3 bilhãode moedas desse valor em poder do público.