Garibaldi rebate acusações e diz que não ajudou o governo nas votações desta madrugada

12/03/2008 - 17h50

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), rebateu há pouco, em plenário,acusações de que teria ajudado os aliados do governonas votações da madrugada de hoje (12).“Pretendo continuar aser um presidente independente não vou me submeter a ameaçasde recado do Presidente da República, nem a obstruçãoda oposição. O importante, hoje, é votar oorçamento”.Garibaldi respondeu às afirmações do líder do PSDB, Arthur Virgílio(AM), que em discurso pouco antes prometeu ajudar a aprovar oorçamento ainda hoje, mas com votação nominal.Virgílio afirmou que a partir de amanhã (13) o partido iráobstruir toda e qualquer votação no Senado. “Tive essa madrugadauma brutal decepção com o cumprimento de acordos”, afirmou.Segundo ele, o PSDB nãoparticipará de reuniões convocadas pelo presidente doSenado e também não irá aceitar a interlocuçãocom o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Em discurso, Garibaldipediu ao líder do PSDB que se junte a ele no combate aoexcesso de medidas provisórias, na votação dosvetos presidenciais e na reformulação da sistemáticaorçamentária. “Ou nos unimos e nosdamos as mãos ou não conseguiremos recuperar acredibilidade do Poder Legislativo. Não vou abrir mãoda questão maior que é a valorização dopoder.”Os líderes doDEM na Câmara e no Senado, Antonio Carlos Magalhães Neto(BA) e José Agripino Maia (RN), também afirmaram quevão votar o orçamento e que a partir de amanhã(13) entrarão em obstrução nas votaçõesdas medidas provisórias.