Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Doze funcionários do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) trabalharão por três meses naforça-tarefa organizada em conjunto com o Tribunal RegionalFederal da 1ª Região (TRF-1, do Distrito Federal) com oobjetivo de resolver todos os processos envolvendo a Previdênciaque aguardam julgamento na casa. Segundo divulgado, são cercade 45 mil casos.O tribunal deu início ao mutirãohoje (12) em cerimônia que contou com a presença doministro da Previdência, Luiz Marinho, e da presidente doSupremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. “Nós estamos com uma esperançamuito grande de que esse projeto permitirá que váriosprocessos sejam resolvidos em prazo muito curto, de modo que osegurado possa ter logo a concessão do seu benefício”,avaliou a presidente do TRF-1, Assusete Magalhães. “Aequipe fará a triagem dos processos e, a partir disso, o INSStrará suas propostas de conciliação jácom cópia”, explicou o coordenador dos projetos deconciliação do TRF-1, o juiz Reinaldo Soares Fonseca.“Nós faremos a intimação por carta com todo omaterial, evitando que o advogado venha ao tribunal ter vista dosautos. Dentro de dez dias, se a parte concordar com a proposta, odesembargador-relator homologará a decisão e jáserá implantado o benefício.”Em princípio, serão analisadosprocessos relativos a aposentadoria rural, pensão rural,auxílio-maternidade rural e benefício assistencial paraidosos e pessoas com deficiência. Durante o evento, foi feita aconciliação do processo de aposentadoria rural de trêstrabalhadoras.Maria Dinalva Nascimento, 64 anos, que aguardava oresultado de seu processo havia dois anos, elogiou a decisão:“Nasci na roça, me criei na roça e esse benefíciovai me ajudar muito com as despesas dentro de casa, vou ajudar meumarido que está doente”.A ação deve ser estendida em brevea outros tribunais do país. “Aqui é o primeirolugar, mas agora nós vamos tratar com todos os tribunaisregionais, na verdade já fizemos até um pré-contato.Está tudo pronto para realizar o projeto em outras regiões”, adiantou o procurador-geral do INSS, Ricardo Panquestor.