Lula afirma que oposição não aprovou a CPMF para o governo não fazer obras e perder a eleição

11/03/2008 - 15h51

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva afirmou hoje (11) que a oposiçãonão aprovou a Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF) para que o governoficasse sem R$ 120 bilhõesaté o final do mandato e não pudesse realizar projetoscomo o Programa Aceleração do Crescimento (PAC) daSaúde. "Eles derrotaram[a CPMF] porque [pensaram], bom, se a gente tirar R$ 40bilhões esse ano, R$ 40 bilhões em 2009 e R$ 40 bilhõesem 2010, o Lula vai ter R$ 120 bilhões a menos e significa queo Lula não vai fazer nada e ganhamos as eleiçõesdo Lula em 2010", disse o presidente, ao discursar nainauguração da primeira parte de um projeto deirrigação no Tocantins.O presidente disse quequem nasceu em sua cidade, Garanhuns (PE), e não morreu defome até os cinco anos de idade, não vai morrer nocaminho porque "a oposição quer criardificuldades". O presidente garantiuque a prova de que não vai morrer no caminho será oPrograma Saúde da Família, marcada para ser lançadoem abril nas escolas públicas. "Onde vamosarrumar dinheiro? Vamos arrumar dinheiro, ele vai aparecer, aeconomia está crescendo", garantiu o presidente. Lula defendeu oprograma Bolsa Família. Segundo ele, quando o programa foicriado muitos afirmaram que era assistencialista, mas, de acordo como presidente, a intenção é aproximar os pobresda classe média."As pessoasperguntam, presidente, o senhor não gosta de rico? Pelocontrário, gostaria que todo mundo fosse rico", disse. Ecompletou: "resolvemos governar o Brasil como uma mãeadministra seus filhos, cuida de todos, mas olha para os mais pobres,para que eles possam ter um processo de ascendênciasocial".O presidente Lulareafirmou que as obras que estão sendo lançadas em todoo Brasil não privilegiam estados governados por integrantes dabase aliada. O presidente inaugurou,entre os municípios de Dianópolis e Porto Alegre doTocantins, no Tocantins, a primeira etapa do Projeto Manuel Alves,que compreende uma barragem sobre o rio de mesmo nome e a implantaçãode um projeto de irrigação. Nessa primeira etapa,4,7 mil hectares de 5,7 mil hectares irrigáveis serãoutilizados em projetos de fruticultura comoabacaxi e mamão.Segundo o Ministérioda Integração Nacional, o custo total desta etapa foide R$ 235 milhões, sendo R$ 214 milhões do governofederal e R$ 21 milhões do governo estadual.A iniciativa faz partedo Programa de Perenização de Rios do Sudeste deTocantins (Propertins) e está incluída no Programa deAceleração do Crescimento (PAC).