Indústria do setor de plástico fecha acordo para aumentar exportações

11/03/2008 - 17h34

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A indústria do plástico fechou hoje(11) um acordo com a Agência de Promoção deExportação e Investimentos (ApexBrasil), do Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para aumentar as exportações do setor. O acordo foiassinado em São Paulo, na 6ª Feira Internacional daEmbalagem (Brasilpack), que se realiza até o final da semanano Parque do Anhembi.O acordo prevê um investimentocompartilhado entre a ApexBrasil e 78 empresas do setor no valor deR$ 9,2 milhões, por um período de dois anos. Trata-sede uma renovação do Programa Export Plastic, queiniciou em 2006 a parceria do setor com a Apex, para promoverprodutos no exterior e desenvolver estudos e ações deinteligência competitiva.As ações incluem a participaçãoem feiras internacionais e a manutenção de estoquesestratégicos nos cinco centros de distribuiçãoque a Apex e o ministério mantêm nos Estados Unidos,Europa e Oriente Médio, para pronta-entrega e conquista denovos clientes.A indústria do plástico tem umfaturamento elevado, faturou US$ 18,6 bilhões no ano passado.No entanto, o setor exporta pouco. Foram US$ 1,18 bilhão em2007, o que representa 6,3% do faturamento. As importaçõesdo setor ficaram em US$ 1,83 bilhão, um saldo negativo de US$646 milhões na diferença com o que foi exportado. No ano passado, as exportaçõescresceram 12% em faturamento, mas apenas 2,4% em volume, em razãoda valorização do real frente ao dólar. Os doisresultados são inferiores aos de 2005. No ano passado, asimportações cresceram 30,3% em dólares e 16,8%em toneladas, segundo o balanço consolidado da AssociaçãoBrasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).Para o presidente da entidade, o empresárioMerheg Cachum, o setor precisa se tornar mais competitivo. “Como opaís está convivendo com uma moeda do forte, o setorprecisa aprimorar suas ações para exportar mais eaumentar sua competitividade, o que passa pela desoneraçãode toda a cadeia produtiva”, disse Cachum. Ele disse que a desvalorização dodólar cria dificuldades para as exportaçõesbrasileiras de todos os setores. "Não está sendofácil, com o dólar no patamar em que acabou chegando.Mas temos que criar alguns mecanismos para que possamos continuarexportando. Tanto é que estamos renovando o contrato. Nósqueremos ser mais competitivos, melhores exportadores e acho que estaé uma saída para o país”, avaliou.Na ocasião, o ministro da Indústriae Comércio Exterior, Miguel Jorge, pediu aos empresáriosmais atenção às oportunidades na África,na América Latina e no Caribe. Miguel Jorge disse ainda queestá mantida a expectativa de saldo comercial para este ano deUS$ 35 bilhões.