Marta espera que problema entre Brasil e Espanha não seja escalonado

10/03/2008 - 18h18

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra do Turismo,Marta Suplicy, disse hoje (10) esperar que o problema entre osgovernos do Brasil e da Espanha por causa da repatriaçãoe do impedimento da entrada de turistas nos dois países nãoseja escalonado. “Qualquer escalonamento nessa dificuldade queenfrentamos não nos interessa”, afirmou.Marta Suplicy comentouas declarações feitas hoje pelo ministro da Justiça,Tarso Genro, que assegurou que se for necessário a legislaçãoserá olhada com “lupa”, para que as autoridades de forasintam que no Brasil também há leis. Para a ministra, apesarde “não se poder aceitar o que eles [espanhóis]estão fazendo”, é preciso encontrar uma forma de semanter a capacidade de diálogo entre os países. “Se for necessárioque se aumente a dureza, entendemos que tem que ser feito. Mas comoministra do Turismo só posso desejar que as hostilidadescessem o mais rápido possível e que os acordosdiplomáticos funcionem”, disse.“Espero que nãose escalone a agressividade e que se exija o respeito ao turistabrasileiro, mas que não se escalone a retaliaçãoporque temos sempre que ter uma porta aberta de diálogo, namedida em que nos interessa muito o turista que vem da Espanha. E aobrasileiro interessa muito ser tratado bem nesse destino ibérico”,disse a ministra, que participou na tarde de hoje de um evento naAssociação Brasileira de Normas Técnicas, em SãoPaulo.Segundo a ministra, énecessário que se exija do governo espanhol respeito aosturistas brasileiros, mas “isso deve ser feito com cuidado, mesmoporque não queremos que se aumente essa confusão”.De acordo com aassessoria de imprensa do Ministério do Turismo, em 2006, anoem que foi realizado o último balanço, o Brasil recebeucerca de 5,18 milhões de turistas. Desse total, mais de 211mil eram turistas vindos da Espanha. O país que maisenviou turistas ao Brasil foi a Argentina (mais de 921 mil turistas),seguido pelos Estados Unidos (721 mil) e Portugal (312 mil).