Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,afirmou hoje (10), que o governo fará tudo o que for possívelpara evitar repasses das altas do barril de petróleo aospreços de combustíveis, para não impactar obolso do consumidor e evitar reflexos nas taxas de inflaçãodo país.A afirmativa foi feita, no Rio de Janeiro, ao fimda solenidade de posse de José Antônio Muniz napresidência da Eletrobrás, em resposta à perguntade jornalistas sobre a demora da Petrobras em repassar para os preçosdos derivados do petróleo a alta do barril no mercado externo– que bateu hoje a casa dos US$ 107."Nós estamos segurando [o preçodos principais derivados do petróleo] desde 2005 e deveremoshaver de conseguir segurar por mais algum tempo. Quanto tempo? Eu nãosei. E tem havido alguma inflação, ainda que pequena,além do preço internacional que está muitoelevado”, disse o ministro.Lobão praticamente descartou apossibilidade de que a estatal venha a aumentar, no curto prazo, ospreços da gasolina e do álcool, ao responder se ademora em promover reajustes era uma “política de governo”.“Tudo quanto o governo puder fazer para não impactar o bolsodo consumidor ele o fará. Esse exemplo [de não repassara alta do preço do barril do petróleo no mercadoexterno para os preços dos derivados no mercado interno] jáé significativo: o de que não se aumentam custos daPetrobras há muito tempo”, afirmou. O último reajuste de preçospromovido pela Petrobras foi em setembro de 2005, quando a estatal reajustou o preço da gasolina em 10% e o do diesel em 12%. Naocasião, o preço do barril do petróleo oscilavaentre US$ 40 e US$ 60.