Empresários paulistas iniciam elaboração de política industrial para o estado

18/02/2008 - 20h01

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp) e representantes do governo paulista deram início hoje (18) àfase final de um projeto que pretende elaborar uma proposta de políticaindustrial para o estado. Eles participam, até o fim desta semana, doseminário Uma Agenda de Competitividade para a Indústria Paulista: Desafiose Oportunidades, em que serão discutidos problemas e soluções específicas para 26setores produtivos.Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf,  a partirdos consensos do evento serão estruturados os projetos necessários paraque a indústria de São Paulo possa competir em pé igualdade com os seusconcorrentes nacionais e estrangeiros. “Vamos esperar os resultados destasemana, deste trabalho, para criarmos uma política industrial forte, criada avárias mãos.”De acordo com o diretor de Competitividade da Fiesp, JoséRicardo Roriz Coelho, os principais pontos em discussão são logística, infra-estrutura, energia, tecnologia, qualificação profissional etributação. Entre os temas em debate estão a finalização docomplexo rodoviário do Rodoanel e a produção de energia por meio de fontesalternativas, como o bagaço da cana-de-açúcar. O diretor, no entanto, não disse quando essas propostas serão colocadas em prática.Segundo o secretário estadual de Transportes, MauroGuilherme Jardim Arce, que esteve hoje no seminário, outra proposta em pauta éa ampliação da rede ferroviária do estado. Ele disse que 93% da produçãopaulista escoa pelas rodovias. A idéia do governo é que, com mais linhasférreas funcionando, até 2025, esse percentual caia para 75%. “Na megametrópoleque inclui São Paulo, Campinas e o Vale do Paraíba, há uma saturação dasestradas”, afirma. “Somente 15% das mercadorias chegam nos portos por ferrovia.”Já o vice-governador e secretário do Desenvolvimento,Alberto Goldman, destacou a importância do fim da “guerra fiscal” entre osestados. Mesmo sabendo que a proposta federal de política industrial elaboradapelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio também trate deste ponto, Goldman afirmouque o governo estadual deve trabalhar para resolver o problema. “Todosos governo estaduais são responsáveis por isso [a guerra fiscal]”, disse. “Nóstemos que trabalhar independentemente das reformas tributárias que vão vir, ounão.”