Setor privado vai administrar mais 2.400 quilômetros de rodovias federais

14/02/2008 - 14h21

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A AgênciaNacional de Transportes Terrestres (ANTT) assinou hoje (14) doiscontratos de concessão de 2.400 quilômetros de rodoviasfederais. Os consórcios que administrarão as estradasestão encarregados da recuperação, da melhoria eda manutenção das estradas pelos próximos 25 anos. O Consórcio OHL Brasil, que tem a participaçãode investimentos espanhóis por meio da empresa Obracon HuarteLain Brasil, assumiu a gestão de 320 quilômetros daBR-101, da Ponte Rio-Niterói à divisa do EspíritoSanto; 401 quilômetros da BR-116, entre São Paulo eCuritiba; 382 quilômetros da BR 116, de Curitiba a Florianópolis; 412 quilômetros da BR-116, entre Curitiba e a divisa SantaCatarina com o Rio Grande do Sul, e 562 quilômetros da BR 381, de Belo Horizonte a São Paulo.O Consórcio OHL jáadministra 1.147 quilômetros de estradas estaduais no interiorde São Paulo. O Consórcio BRVias, fundado há um ano, vai administrar os 321 quilômetrosda BR-153, no interior paulista, entre as divisas de Minas Gerais edo Paraná.Único a discursar na solenidade, oministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, adiantou que a ligaçãode 636 quilômetros de Salvador à divisa da Bahia comMinas Gerais, pela BR-116, deve ser leiloada até julhopróximo. Informou ainda que osestudos estão avançados para a concessão de mais4.059 quilômetros de rodovias federais no Distrito Federal, emGoiás, em Minas Gerais, no Espírito Santo, na Bahia eem Santa Catarina, sendo que 2.076 quilômetros estãoagendados para leilão em novembro deste ano, e o restante emabril de 2009.Os dois consórcios têm seis meses pararealizar obras emergenciais na melhoria e pavimentaçãodas pistas, como sinalização vertical - placas,indicadores etc. -, pintura de faixas de rolamento, iluminaçãoe dispositivos de segurança. As obras devem consumir R$ 706,3milhões, de acordo com projeção da ANTT. Sódepois disso é que as concessionárias poderãocobrar pedágios.Os consórcios têm prazo decinco anos para a total recuperação das estradas e arealização de obras de melhoramento como a duplicaçãodo trecho da Serra do Cafezal, na BR-116, em São Paulo; oscontornos rodoviários de Curitiba e Florianópolis; aconstrução de passarelas, trevos e postos móveisde pesagem. A partir de então, têm que garantirmanutenção pelos 20 anos seguintes, com investimentostotais estimados em R$ 17,3 bilhões. A solenidade foi noPalácio do Planalto com a participação dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva.