Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um erro de redação no requerimento do Senado para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o uso indevido dos cartões corporativos provocou mais um atraso para o início do processo de instalação. O equívoco foi praticado pelo gabinete do vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que colheu as assinaturas na Casa.Mas a falha foi contornada durante o dia. Às 20h30, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), anunciou em plenário ter conseguido 28 assinaturas (são necessárias 27) de senadores de praticamente todos os partidos para dar andamento àinstalação da CPMI. "Agora, vamos à Secretaria-Geral da Mesa formalizaro que estava faltando ao requerimento de instalação da CPI".O documento foi devolvido pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), por causa de uma palavra. No lugar de requerimento, o texto fala em "apoiamento". O regimento interno da Casa, no Artigo 243, afirma que, no caso de "apoiamento", essas assinaturas serão desconsideradas para efeito de contagem das assinaturas mínimas necessárias a instalação de uma CPMI.O próprio líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), reconheceu o "erro formal" de redação. De posse de um novo requerimento, já corrigido, o líder tucano passou a colher as assinaturas dos senadores que estavam no plenário, onde conseguiu 17 das 27 assinaturas.Ao passar pelos gabinetes, Arthur Virgílio obteve as assinaturas de mais cinco senadores: Gim Argello (PTB-DF), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Adelmir Santana (DEM-DF), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), José Nery (P-SOL-PA) e Lúcia Vânia (PSDB-GO).Por telefone, Vírgilio combinou um encontro ainda hoje (14) com a senadora Serys Slhessarenko (PT-MS) e Heráclito Fortes (DEM-PI). O líder do Democratas comprometeu-se a obter, também hoje, a adesão ao novo requerimento da senadora Rosalba Ciarllini (DEM-RN).Às 20h30, anunciou que a questão estava solucionada.