Ministro do Planejamento defende maior controle nos gastos com cartão

14/02/2008 - 10h23

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, defendeu hoje (13), em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Empresa Brasil de Comunicação(EBC), o uso do cartão de crédito corporativo para gastosemergenciais do governo. Para ele, é preciso que haja maismecanismos de controle e que, antes da divulgação dosgastos no Portal da Transparência, uma equipe do própriogoverno verifique dados inconsistentes ou atípicos. Ele afirmou ainda que os gastos de hoje são menores do que os de 2002.“Nósprecisamos é melhorar ainda mais o controle, além decolocar na internet, melhorar os nossos mecanismos de verificação,cada repartição rever suas práticas. E o que éimportante, além de melhorar qualidade com transparência,nós estamos gastando menos. Nós gastamos, em 2007, R$ 50milhões menos do que em 2002”, afirmou o ministroreferindo-se ao fato de o governo Fernando Henrique ter usado um totalde R$ 233 milhões em pagamento de despesas emergenciais, sendoR$ 229 milhões de contas de suprimento de fundos, as chamadascontas tipo B. Em 2007, os gastos foram de R$ 177 milhões, oque representa, segundo o ministro, 0,03% das despesas totais dogoverno.Em 2008, Bernardoacredita que o governo gastará até R$ 40 milhõesa menos, já que em 2007 as necessidades de gastos forammaiores devido ao envio da Força de Segurança Nacionale pessoal de apoio aos Jogos Pan-Americanos e também em função darealização dos censos rural, em 6,5 milhões depropriedades, e domiciliar, em municípios com menos de 170 milhabitantes, feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE). Sobre a possibilidadede criar o mecanismo de pagamento de diárias a ministros nocaso de viagens a trabalho, Paulo Bernardo confirmou que o governoestá discutindo a questão, mas ainda não definiuse é a melhor forma de controlar os gastos. “A diáriatem a vantagem que não dá fofoca. Mas, por outro lado,se o servidor não gasta tudo o que recebeu, fica com odinheiro, não precisa prestar contas. Tem também aquestão da diária - que hoje existe para servidores - serpequena. Então, é uma situação que tem queser resolvida, nunca você consegue ter a soluçãoideal”, opinou.