Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), negou hoje (14) que a base aliada ao governo na Casa tenha boicotado a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito sobre os cartões corporativos, orientando os deputados governistas a não assinarem o requerimento de criação da CPMI.“Ontem inventaram uma crise [dizendo] que nós não queríamos assinar. Eu achei risível aquilo, porque passei o dia procurando o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e, no fim do dia, apareceu a lista para eu assinar. Então, hoje ninguém pode dizer que o líder do governo não assinou”, afirmou Fontana.Sampaio, que propôs a criação da CPMI, disse que estava encontrando dificuldades para colher assinaturas entre os partidos da base aliada para instalação da comissão. De acordo com Fontana, a questão da CPMI é um fato superado para o governo. “Eu preferia não fazer CPI. Acho que o país tem outra agenda estratégica. Continuo dizendo que devemos nos debruçar sobre a reforma tributária, dar um outra estrutura tributária para o país, votar um conjunto de projetos que pode diminuir a violência no trânsito, como quer o presidente [da Câmara dos Deputados ] Arlindo Chinalgia”, afirmou.O requerimento de criação da CPMI foi entregue hoje pelos oposicionistas ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), mas foi devolvida porque o texto do requerimento traz no cabeçalho a palavra "apoiamento", o que significa que as assinaturas ali contidas, para efeito legal, apenas apóiam a criação da CPI, e não a requerem de fato.Agora, a oposição está colhendo novamente as assinaturas.