Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com a possibilidade deratificação peloBrasil da Convenção 151 daOrganização Internacional do Trabalho (OIT), o governo pretende retomar as negociações comas centrais sindicais, bem como a interlocução com oCongresso Nacional, para aprovar uma nova lei de greve para o servidor público.A afirmação foi feita hoje(14) pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, depois de participarde entrevista à rede de rádios parceiras da EmpresaBrasil de Comunicação (EBC). “Continuamos achando importante ter um instrumento moderno paratratar dessa questão. Vai ter a negociação(...). Diversas vezes, tentamos um diálogo com as centrais, masnão tivemos acordo", disse o ministro. Segundo ele, o Congresso também tem projetonesse sentido, mas houve muita divergência. "Mas, se pudermosentrar em acordo e fazer uma lei mais moderna, específica paraa realidade do servidor, seria um avanço”, ressaltou.Paulo Bernardo acreditaque será possível chegar a um consenso e aprovar a leide greve do servidor ainda neste ano, no mais tardar, no iníciode 2009. “Não é uma lei para o governo Lula, éuma lei para ficar. A lei de greve atual é de 79 - veja queessas coisas duram 30, 40 anos”, observou. Atualmente, por decisão do Supremo Tribunal Federal, a Lei de Greve é válida tanto para o trabalhador da iniciativa privada quanto para o servidor público.A Convenção151 da OIT estipula a obrigatoriedade de negociaçãocoletiva com os servidores e, caso o Congresso Nacional aprove aratificação do documento, as três instânciasde governo (Executivo, Legislativo e Judiciário] terão que seguir seus preceitos.