Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda e ex-ministro da Previdência, Nelson Machado, garantiu há instantes que não vai devolver aos cofres públicos os cerca de R$ 18 mil que recebeu em ajuda de custo ao deixar o antigo cargo. Segundo ele, a verba é um direito de todo servidor exonerado.“Estou convicto do direito de receber a ajuda de custo para o retorno [a São Paulo]. Esse é um direito de todo funcionário público exonerado que mora originalmente em outras praças”, justificou o secretário. Certo de que não houve irregularidades no recebimento da verba, Machado garante que não cogita deixar o cargo no Ministério da Fazenda.“Não penso em devolver o dinheiro e, de forma nenhuma, penso em deixar o cargo. Cumpri exatamente aquilo que considero ser o meu direito. Se a unidade pagadora ou órgão de controle achar que eu não tenho direito, ele pode fazer o levantamento do processo”, contestou Machado.Ao sair do Ministério da Previdência, Machado foi temporariamente transferido para o governo de São Paulo, onde é servidor na Receita Estadual. Ele, no entanto, continuou em Brasília e passou a trabalhar no Ministério da Fazenda.A acusação a Nelson Machado foi publicada hoje (13) pelo jornal Folha de S.Paulo. A reportagem também informa que o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, também teria se beneficiado de R$ 8,3 mil de ajuda de custo de mudança quando deixou o cargo de ministro da Integração Nacional.