Construção Civil apresenta maiores taxas de emprego em seis regiões em 2007

13/02/2008 - 15h06

Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A construção civil foi o setor que mais contratou nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador e no Distrito Federal em 2007, atingindo um crescimento de 8,2%, em comparação a 2006. No período, foram criados 66 mil novospostos de trabalho - 806 mil em 2006 contra 872 mil em 2007. Os dados foram divulgados hoje (13) pelo DepartamentoIntersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela FundaçãoSistema Estadual de Análise de Dados (Seade), e são referentes à pesquisa anual de emprego edesemprego.Em termos absolutos, o setor do comércio foi o que mais gerouemprego no ano, 316 mil a mais do que o ano passado (8,44 milhões em 2006contra 8,76 milhões em 2007).“[A contratação] Ocorreu mais fortemente no setor da construção civil, comcomércio acompanhando com crescimento vigoroso, e um crescimento mais acentuadoda contratação com carteira de trabalho assinada”, disse o diretor técnico doDieese,Clemente Ganz Lúcio.O rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 1.066, com crescimento de 1,3%. No DistritoFederal, o crescimento foi de 5,7%, com o trabalhador recebendo em média R$ 1.521, e em São Paulo, houve queda de 0,3%, registrando um rendimento médio de R$ 1.140.“Nós tivemos um dinamismo positivo da indústria nas regiões,diferente de São Paulo, em que a indústria ficou estagnada. Nessas demais regiõesmetropolitanas, o papel do salário mínimo é muito mais importante do que é emSão Paulo”, explicou o diretor do Dieese.De acordo com Lúcio, um pequeno percentual de trabalhadoresdepende do salário mínimo em São Paulo, mas nas demais regiões o salário mínimotem uma participação relevante. Os tipos de empregos nas regiões também sãodiferentes, o que acarreta variação maior ou menor de salários nas regiões metropolitanas.“Tivemos [na região de São Paulo] ainda fortecontratação de postos auxiliar, de atendente, cujo salário médio é inferior à media que já é paga em São Paulo, portanto, puxa a média para baixo, e osdinamismos próprios de algumas regiões metropolitanas, como por exemplo a deBelo Horizonte, como a parte extrativa, sideúrgica, que têm um dinamismo muitomais forte na indústria do que em São Paulo”, explicou Lúcio.