Brasil estará livre da febre aftosa em dois anos, prevê ministro

13/02/2008 - 18h07

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil faz umtrabalho bem articulado com os países vizinhos, “para ver senos próximos dois anos conseguimos ficar livres da febreaftosa”. A expectativa é do ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que hoje (13)participou de audiência pública na Comissão deAgricultura e Reforma Agrária do Senado para debater o embargoàs exportações de carne bovina brasileira para aUnião Européia (UE). Ele enfatizou que aquestão “é puramente comercial, não tem nadaquanto à sanidade e qualidade do produto brasileiro, que édefendido por comerciantes e consumidores europeus”. E ressaltouque a questão da sanidade foi elogiada, inclusive, pela últimamissão técnica da UE, que esteve aqui em novembropassado. Segundo Stephanes, otrabalho de fronteira, realizado em parceria com o Paraguai, “estáindo muito bem”. Os dois países, disse, conseguiram vacinar96% dos rebanhos bovinos numa faixa de 30 quilômetros defronteira (15 quilômetros de cada lado).Ele admitiu, noentanto, dificuldades com a Bolívia, onde o ministérioainda não conseguiu interlocutores e, por isso, desenvolveações na faixa fronteiriça de 15 quilômetrosno lado brasileiro e impõe barreiras ao trânsito deanimais bolivianos para o Brasil.Além disso, oministro afirmou que “trabalhamos com muita decisão em duasfrentes para eliminar eventuais áreas de risco desconhecido”,na Amazônia e em alguns estados do Nordeste. O ministério,acrescentou, também trabalha com organismos internacionais epaíses vizinhos a fim de eliminar a aftosa da Américado Sul nos próximos três anos. Com este objetivo,informou, será realizada reunião em março, emPorto Alegre.